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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
28/07/20 às 17h50 - Atualizado em 28/07/20 às 17h55

Emprego se mantém estável no Distrito Federal

 

 

A Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Codeplan e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a taxa de desemprego no Distrito Federal ficou relativamente estável, passando de 21,3% em maio para 21,6% no trimestre terminado em junho. Neste mês, o contingente de desempregados foi estimado em 327 mil pessoas, seis mil a menos que o registrado no mês passado. O resultado se deve ao fato da redução da População Economicamente Ativa, a chamada PEA, ter sido maior (44 mil pessoas saíram do mercado de trabalho local) que a redução do nível de ocupação (menos 38 mil ocupados).

Segundo Grupos de Regiões Administrativas (blocos de RAs agrupados de acordo com a renda média), a taxa de desemprego ficou relativamente estável no Grupo 2 (regiões de média-alta renda), Grupo 3 (regiões de média-baixa renda) e Grupo 4 (regiões de baixa renda). Todos esses grupos registraram variação abaixo de um ponto percentual: de 16,2% para 16,7%; de 25,9% para 26,1%; e de 31,7% para 32%, respectivamente.

O Grupo 2 é formado por Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires. O Grupo 3 é composto por Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. O Grupo 4 engloba Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA/Estrutural e Varjão.

 

 

DESEMPREGO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO E ATIVIDADE ECONÔMICA

 

No setor público, houve aumento no contingente de assalariados (1,4% ou 4 mil), enquanto o setor privado registrou queda (-1,3% ou -7 mil). Entre os assalariados do setor privado, observou-se redução no número de trabalhadores sem carteira assinada (-10,7% ou -8 mil), enquanto os empregados com carteira assinada se mantiveram estáveis (0,2% ou 1 mil). Também houve queda entre os autônomos (-5,5% ou -11 mil), os empregados domésticos (-14,6% ou -12 mil) e os classificados nas demais posições: empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (-11,8% ou -12 mil).

O setor de Serviços foi o mais atingido em números absolutos no trimestre fechado de junho, registrando 27 mil ocupados a menos que o mês anterior (-3%). Em seguida, vem o Comércio, com cinco mil trabalhadores a menos (-2,4%) e a Construção, com redução de quatro mil empregados (-7,8%), a maior queda percentual entre os setores. A Indústria de Transformação teve uma queda relativamente baixa em termos absolutos, com dois mil ocupados a menos (-4,5%).

Por outro lado, a Administração Pública registrou aumento no número de ocupados, com três mil trabalhadores a mais (1,7%). A contratação de profissionais de saúde para reforçar o combate à Covid-19 foi o principal fator que contribuiu para esse acréscimo.

 

COMPARATIVO ANUAL – Em relação a junho de 2019, a taxa de desemprego no Distrito Federal cresceu, passando de 19,4% para os atuais 21,6%. Nesse período, o número de desempregados aumentou em oito mil pessoas, resultado da redução do nível de ocupação (menos 131 mil ocupados) maior que a redução da PEA (menos 123 mil pessoas).

Ao considerar o comportamento do desemprego segundo atributos pessoais, observa-se que a taxa cresceu tanto entre os homens (de 17% para 19,8%) quanto entre as mulheres (de 21,9% para 23,5%). Os jovens de 16 a 24 anos continuam sendo os mais atingidos pelo desemprego (de 42,7% para 48,5%) e são também os que tiveram maior aumento na taxa de desemprego nos últimos 12 meses, seguidos por aqueles com idade entre 25 e 39 anos (de 16,4% para 20,6%). Em relação à raça/cor, é possível observar que a taxa cresceu 3,4% entre os negros (de 20,8% para 24,2%) e se manteve estável entre os não negros (de 16,2% para 16,3%).

Nos últimos 12 meses, o crescimento do desemprego entre os chefes de domicílio (de 9,9% para 12%) foi similar ao aumento da taxa para os demais membros do domicílio (de 27% para 29,7%), embora os responsáveis pelo lar ainda registrem uma taxa de desemprego menor que a metade do índice observado para os demais integrantes do lar. Para aqueles que já possuíam experiência no mercado de trabalho, o desemprego foi de 16,8% para 19,7%, enquanto para os que buscavam o primeiro emprego, a taxa praticamente não teve alteração (de 29% para 29,1%). Em junho de 2020, 26,6% do total de desempregados no Distrito Federal não havia trabalhado anteriormente.

 

 

Fonte:  Codeplan

 

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